Antes dos parafusos e cames modernos, antes dos arreios com cintos e (para nosso propósito aqui) antes da invenção da corda de nylon dinâmica, o conceito de que o líder não deve cair era mortalmente sério.

No equipamento de escalada, temos as cordas de fibra natural usadas pelos alpinistas das décadas de 1860 a 1950 podem ter aproximadamente a mesma espessura das cordas modernas, mas eram muito mais fracas quando submetidas a forças estáticas e facilmente quebradas quando submetidas a cargas repentinas – ou seja, quedas.

Mas os alpinistas lutavam para o céu sob o pesado conhecimento de que sua corda provavelmente quebraria se o líder caísse mais de dois metros e meio. Além disso – e quase tão ruim – eles sabiam que mesmo que sua corda não quebrasse, uma grande queda em uma linha estática sujeitaria o alpinista a forças de impacto perigosamente altas, e que uma parada repentina em um cinto de cintura poderia facilmente resultar em uma fratura nas costas.
https://casadomontanhista.com.br/camping/saco-de-dormir
Essa relação entre o líder e as quedas começou a mudar na década de 1950, com a adoção de cordas de nylon mais dinâmicas e o desenvolvimento de técnicas de captura dinâmicas; mas não foi codificado pelo estabelecimento de escalada até a invenção de Edelrid, em 1964, do design da corda kernmantle , que continua sendo o design fundamental das cordas de escalada modernas.

As cordas Kernmantle são divididas em duas partes: elas têm um núcleo interno (o “kern”) e uma bainha externa (o “manto”). O núcleo é feito de fios de nylon amplamente torcidos e é a fonte da força do cabo e da capacidade de absorção de energia; o manto é feito de fibras de nylon mais grossas e foi projetado para proteger o núcleo contra abrasão, deterioração por UV, bordas afiadas e assim por diante.

Juntos, o kern e o manto determinam todas as características da corda, incluindo sua resistência à água e à abrasão, a extensão de seu alongamento estático e dinâmico e as forças de queda que ela pode suportar.