No AP, desembargadora vira alvo do CNJ por manifestação pró-pandemia
A desembargadora Sueli Pini, do Tribunal de Justiça do Amapá, vira alvo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após repercussão de carta pública endereçada ao governador do Estado, Waldez Góes (PDT), e ao prefeito de Macapá, Clécio Luís (REDE), onde se coloca contra as medidas de isolamento e pede que elas sejam revogadas
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Reprodução - Diário do Amapá |
Logo a seguir, após enumerar várias consequências que acredita que a quarentena coloca aos amapaenses, ela justifica sua opinião. “O baixo índice de letalidade do vírus corona, a aprovação pela Anvisa (e até pela FDA) de um barato coquetel de remédios de alta eficiências e resultados (hidroxicloroquina + azitromicina + zinco + vitamina D, que administrados aos primeiros sinais, salva vidas e o colapso hospitalar), aliado ao fato de que a OMS já mudou de orientação quanto à quarentena horizontal e que nosso clima é extremamente adverso ao vírus corona, são fatos inconteste e precisam agora, com urgência, ser levados em conta por vocês dois, de forma a rever o quanto antes as desproporcionais medidas tomadas inicialmente”, justificou Sueli Pini.
Por fim, ela pede que aos dois governantes, Waldez e Clécio, que voltem atrás em seus decretos.
“Pedimos-lhes humildade, grandeza de atitude e boa estratégia política para retroceder e determinar a reabertura da normalidade antes que as consequências, que já são muitas e de custo ainda sem a real magnitude, sejam irreparáveis, pois estamos em direção a um precipício criado por aqueles que devem nos proteger e não administrar nossas vidas”, finalizada a desembargadora, que assina a carta como “Cidadã Sueli Pini”.
Ação no CNJ
Em decisão tomada nesta terça-feira (14), o ministro Humberto Martins, Corregedor Nacional de Justiça, instaurou, de ofício, pedido de providiências, que deverá tramitar na corregedoria, a fim de esclarecer fatos que envolvem a desembargadora Sueli Pereira Pini, atual vice-presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP). Foi determinada a intimação da desembargadora para que apresente informações no prazo de 15 dias.
De acordo com o ministro-corregedor, a prática de tal conduta, teria, em tese, infringido os deveres impostos aos magistrados pela Lei Orgânica da Magistratura (LOMAN) (artigo 35, VIII) e pelo Código de Ética da Magistratura Nacional (artigos 15 e 16).
Coronavírus no Amapá
Mesmo não tendo o maior número de casos do novo coronavírus na região norte do Brasil, o Amapá é um dos estados que mais preocupa o Ministério da Saúde (MS) quando analisado o índice de contaminação e a oferta de atendimento do Sistema de Saúde. A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (14).
(Com informações do Diário do Amapá e Seles Nafes)
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No AP, desembargadora vira alvo do CNJ por manifestação pró-pandemia
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quarta-feira, abril 15, 2020
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