STF barra "doação" de empresas privadas para campanhas eleitorais.
O Supremo Tribunal Federal proíbe (definitivamente) o financiamento empresarial aos políticos e partidos.
Enfim - um ano e cinco meses depois do ministro Gilmar Mendes sentar sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que proibia o financiamento privado em campanhas eleitorais, quando pediu vistas para decidir voto - o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou com as pretensões do DEM, PMDB e PSDB, cuja ação incansável fez das 'tripas coração' para manter a doação do dinheiro privado nas campanhas.Há um ano e cinco meses o STF sinalizou que pretendia acabar com o 'investimento' de empresas na política, em abril de 2014, com votação de 6 a 1 para a proibição.
Depois daquela decisão, com pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes, o poder econômico sentiu ameaça de ficar de fora da decisão das eleições e pode ter proporcionado ao pleito do ano passado, a maior derrama de dinheiro privado, elegendo o Congresso Nacional mais conservador em 30 anos.
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil |
No G1:
Supremo decide proibir doações de empresas para campanhas eleitorais___
Dos 11 ministros, 8 entenderam que contribuição contraria Constituição.
Decisão permite a Dilma vetar nova lei que permite a doação a partidos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (17), por 8 votos a 3, declarar inconstitucionais normas que permitem a empresas doarem para campanhas eleitorais. Com isso, perdem validade regras da atual legislação que permitem essas contribuições empresariais em eleições.
A decisão também dá à presidente Dilma Rousseff justificativa para vetar trecho de uma proposta recém-aprovada pelo Legislativo que permite esse tipo de doação para partidos políticos. Se a nova lei for sancionada sem vetos, outra ação poderá ser apresentada ao STF para invalidar o financiamento político por pessoas jurídicas.
No julgamento, votaram em favor da proibição o relator do caso, Luiz Fux, e os ministros Joaquim Barbosa, Dias Tofffoli e Luís Roberto Barroso (que votaram em dezembro de 2013); Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski (que proferiram voto em abril do ano passado); além de Rosa Weber e Cármen Lúcia, que votaram nesta quinta.
A favor da manutenção das doações por empresas votaram somente Gilmar Mendes (em voto lido nesta quarta), Teori Zavascki, que já havia se manifestado em abril do ano passado, e Celso de Mello.
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STF barra "doação" de empresas privadas para campanhas eleitorais.
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quinta-feira, setembro 17, 2015
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